Reflexão Evangélica |
Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro:
Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste mentirosos.E sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste.Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.Tens, porém, isto: que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio.Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus.
Jesus principia suas sete cartas às igrejas com a igreja de Éfeso, a igreja que o próprio apostolo João havia pastoreado. E ao se dirigir a Éfeso, Jesus se presenta como aquele que tem as sete estrelas - os sete anjos - em sua destra. Quando encontramos referencias ao número sete devemos entender que sua representação é de perfeição e completude, ou seja quando jesus diz que tem as sete estrelas ele está dizendo que tem todas as estrelas possíveis, todos os anjos - mensageiros - das sete igrejas. E Ele anda no meio dos sete castiçais de ouro, que representam as sete igrejas. Jesus anda em meio as igrejas, e andando ele vê suas obras, e seus trabalho e paciência. Ele também vê o sofrimento da igreja, e o seu trabalho, que não é em vão. E ele também vê que ela deixou o seu primeiro amor.
Sendo Éfeso a igreja que João pastoreou não é difícil entender que ela foi conhecida por seu amor, e o chamado "primeiro amor" fala de um amor mais forte, mais puro, mais verdadeiro. O Apóstolo João é conhecido como o Apostolo do Amor, em seus escritos e no que foi escrito a respeito dele sempre vemos referências ao seu forte amor por Cristo e pela Igreja de Cristo. Porém, a igreja de Éfeso já não vivia mais o primeiro amor, e como poderemos saber se nós também, como igreja que somos, não abandonamos nosso primeiro amor? Basta olhar para o versículo seguinte: "Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras;" é através das obras que se evidencia o Amor. O Amor de Deus foi demonstrado na obra vicária de Jesus Cristo se entregando por nós na Cruz do Calvário. O seu amor por alguém se confirma quando você precisa fazer algo para esta pessoa. Quando é necessário haver algum tipo de renúncia, o Amor está em ação. Amar é renunciar. Abrir mão de algo, fazer algo por outra pessoa, agir em detrimento do seu próprio interesse, em beneficio de outra pessoa.
Jesus quer que mantenhamos o primeiro amor, é um erro pensar que ele deve existir apenas no principio de nossa caminhada cristã. Este primeiro amor, na verdade foi referenciado por Cristo como primeiro apenas porque eles passaram a um segundo amor, não tão forte, o que não deve servir de desculpa para que nós não busquemos nos manter neste amor. Ele adverte: "Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres."
Uma coisa muito boa Jesus viu: Eles odiavam as obras dos nicolaítas, as quais Jesus também odiava. Veja que texto interessante. O que podemos aprender com ele?
Que Jesus também odiava as OBRAS dos nicolaítas, porém os amava. Veja a diferença: Eram as OBRAS dos nicolaítas que eram odiadas por Jesus.
Aprendemos que precisamos ter o mesmo sentimento que Cristo. Se ele Ama as pessoas, nós devemos amar as pessoas. Se Ele odeia suas obras, o pecado e o mal, nós da mesma maneira devemos estar.
Quem eram então os nicolaítas, e quais as suas obras? Precisamos fazer estas perguntas para que possamos também agir como agia a Igreja em Éfeso.
Não se tem muito conhecimento a respeito dos Nicolaítas. E este artigo não pretende se aprofundar no tema, mas basta saber - no momento - que eles representavam aqueles que agiam impulsionados por um desejo de dominar o povo, a multidão. E Jesus odeia isto, o desejo de ter domínio sobre o povo, de crer que estão acima dos outros, de querer conduzir, por suas próprias forças e inteligência, o povo de Deus, o povo de Cristo.
A carta termina com uma promessa e uma chamada: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus."
Tenhamos todos ouvidos para ouvir a voz de Deus que fala em nossos corações e diz: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus. Ele mesmo nos alimentará com alimento eterno, e todas nossas dores, tristezas, angústias e perseguições terão fim, não mais nos poderão tirar nossa vida, pois Ele nos dará vida eterna. Não seremos mais afrontados e manipulados, pois estaremos no Paraíso com Cristo, no Paraíso de Deus. E lá viveremos com Ele, por Ele e para Ele. Envolvidos no seu Amor. Quem tem ouvidos para ouvir, Ouça!